sábado, 26 de fevereiro de 2011

Tecnologia- 2ª aula

  • Nesta 1ª aula de fotografia, começámos por uma conversa sobre audiovisuais, sobre o interesse dos alunos na área, e a explicação dos objectivos para o módulo.
  • O professor projectou uma apresentação para nos dar algumas noções básicas de fotografia.
  • Conceito de fotografia- "escrita da luz".
  • Em 1824 surgiu a fotografia, que se baseia em dois princípios: princípio da câmara escura ("Quando as imagens dos objectos iluminados penetram num compartimento escuro através de um pequeno orifício e se recebem sobre um papel branco situado a uma certa distância desse orifício, vêem-se no papel, os objectos invertidos com as suas formas e cores próprias." Leonardo DaVinci) e o princípio da foto sensibilidade (depois de se ter descoberto a câmara escura, iniciou-se uma busca por algum material que fixasse a imagem. Existem grãos de sais de prata que são sensíveis à luz. Isso significa que quando a luz atravessa o pequeno orifício, o local que recebe luz será sensibilizado e os sais de prata sofrerão  uma transformação estrutural nas suas moléculas. Já os locais que não receberem luz permanecem com a prata inalterada. Ao se levar o papel /película fotográfico para o laboratório e ao revelá-lo com os produtos químicos adequados, os grãos de prata que foram sensibilizados pela luz sofrerão uma reacção química e tornar-se-ão prata metálica, que tem a cor preta - fotografias a preto e branco. Este processo foi evoluindo, criando entretanto a fotografia a cores, através do mesmo processo, mas acrescentado mais camadas sensíveis a certas cores.)
  • Na fotografia digital , a grande diferença é que, apesar de termos a “câmara escura” na mesma (a máquina), em vez de termos um  rolo, temos um sensor de imagem, sensível aos raios de luz. O sensor é constituído por pixels. Quanto mais pixels tiver, maior número de raios de luz ele capta e regista. Isto permite maior resolução e qualidade.
  • Lentes/ objectivas
     - Grande angular: 0,1 – 50 mm - permite ver mais do que o olho humano vê, maior campo de visão. Bom para espaços fechados e para fotografias de locais. Um aspecto negativo é que pode “deformar” um pouco a imagem, mas isso pode ser levado ao extremo e tornar-se em algo interessante – olho de peixe.
     - Normal: 50 mm - permite-nos obter imagens o mais próximo do que o olho humano vê.
     - Teleobjectiva: 50 - 300 mm - reduz o campo de visão- aproxima do “objecto”. Útil para retratos.  A capacidade de escolher planos (desfocados ou não) é mais facilmente realizado com a teleobjectiva (com uma grande angular nunca e com uma normal dificilmente).
  • Pouca profundidade de câmara- um elemento focado
  • Muita profundidade de câmara- muitos elementos focados
  • Exposição
        - Os diafragmas (anéis metálicos), que fecham e abrem (disparo) são o que controla a entrada de luz (1/2 - f2,8 - ¼; - 1/5,6 – 1/8 – 1/16 - 1/32)
        - Com o orifício do diafragma maior podemos obter mais luz e menos profundidade de câmara; com o orifício do diafragma menor, obtemos menos luz e maior profundidade de câmara.

  • Obturação: tempo que o diafragma vai estar aberto, e que dá para controlar a entrada de luz. Assim, podemos obter o efeito acima descrito, mas com a luz que pretendermos. A velocidade baixa fotografa em mais segundos e permite registar tudo o que é movimento durante esse espaço de tempo- técnica do arrasto (arrasto das imagens; sensação de movimento).
  • Filtros: os filtros podem ser aplicados em programas de edição de fotografia ou directamente na máquina. Existem centenas de filtros. Ex:
       - tons azulados, difusores (“filtra” os defeitos, alisa a pele..), polarizadores (cortam os reflexos- espelhos e claridade), densidade neutra (têm cor cinza e reduzem a quantidade de luz, mas não afecta o equilíbrio da cor), fog (nevoeiro), dual e tri-color, infra-vermelhos, cross screen…
  • Falámos e “analisámos” fotografias de diversos géneros fotográficos: fotografias de documentarismo e de fotojornalismo contemporâneo, fotografia e a cidade, retrato (ou auto-retrato), surrealismo, sequências, fotografia contemporânea… falando da importância da imagem, do que nos pode transmitir, das suas mensagens, das interpretações próprias, da interpretação do autor, do óbvio, do subjectivo, do interesse da imagem, da ideia, das maneiras de tornar uma imagem interessante, do poder da linguagem simbólica…  
  • Por fim, vimos parte de um documentário sobre fotografia de aventura – documentarismo, vida selvagem.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Projecto- 2ª aula

Nesta aula falou-se , com todos os alunos particularmente, sobre a avaliação do módulo passado.
Decidiu-se o conceito de grupo e continuámos a trabalhar nos nossos projectos.

Conceito de grupo :

"Ao olharmos para dentro de nós, há sentimentos implícitos, memórias escondidas, sonhos por descobrir.
O amor. Difícil de entender, de encontrar. Quatro letras que confundem e que podem provocar as mais variadas sensações. Delicado, mas fogoso.
Amizade. Comum, mas incomum. Se for pura, é raro. Exige muito (lealdade, confiança, união, apoio). Exige de nós, mas recompensa.
O ódio. Apodera-se de nós. Corrói-nos os órgãos e alimenta-se da tua mente. O ódio não tem face, é apenas o desespero. E no entanto, é a gaveta mais fácil de abrir destes três sentimentos."

Exploração de ideias para o retrato:

  • Ódio- ideia 3


- expressão: desespero/ expressão carregada
- maquilhagem: só preta , olhos e lábios
- posição: mão no estômago (algo a consumi-la) e outra na parede (desespero)
- frases escritas no corpo "alimenta-se de mim"
- frase escrita no fundo: "alimenta-se de nós"
- fundo preto
- envolta em correntes

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Exploração gráfica de ideias (Retrato)

Ideia 1:
- Só o rosto
- Maquilhagem preta e vermelha, carregada, especialmente nos olhos e lábios
- Expressão carregada de ódio, olhar penetrante
- Tronco nu, rodeado de correntes
- Fundo preto
- Pele pintada com tinta preta
- Fundo preto

Ideia 2:
- Vertente da ideia 1 , em termos de maquilhagem, expressão, corpo pintado, correntes
- Papel preto espalhado e rasgado no chão
- Corpo inteiro, a um canto
- Posição de desespero; mãos na cabeça a pressiona-la como se algo a estivesse a consumir (o ódio)
- Despenteada

)

Pesquisa (cinema)

Alejandro González Iñarritu é um cineasta mexicano. Os seus filmes mais conhecidos são Amores Perros, 21 gramas, Babel e o seu último filme é Biutiful.

Iniciou a sua carreira em 1984 a trabalhar numa rádio mexicana e a partir de 1988 dedicou-se à composição de músicas para alguns filmes mexicanos. Estudou cinema no Maine e em Los Angeles. Na década de 1990 já estava encarregado da produção da Televisa, e aos 27 anos tornou-se num dos directores mais jovens. Criou depois a sua própria produtora, onde produzia curtas-metragens e publicidade, assim como alguns programas de televisão. O seu primeiro filme de média duração chama-se Detrás del primero.
Na origem do filme "Amores Perros" estão 11 curtas que produziu com outro roteirista, que pretendiam demonstrar as contrariedades da Cidade do México.
Dirigiu um projecto cinematográfico que narra os acontecimentos do dia 11 de Setembro de 2001.
O seu sucesso com "Amores Perros" levou-o aos EUA , onde produziu 21 gramas, um drama em que um acontecimento junta a vida de três pessoas , e onde serão testados os seus limites do amor e da vingança. Mais tarde Babel, outro drama que conta quatro histórias que viajam por Marrocos, Tunísia, México e Japão.
O seu último filme (drama), Biutiful, conta a história de um homem que vive em conflito com a paternidade, o amor, a morte, o crime, a espiritualidade e o sentimento de culpa; o seu cenário é Barcelona. Encontra-se nomeado para os Óscares, nas categorias de Melhor Filme Estrangeiro, e Melhor actor, com o papel de Javier Bardem.
Escolhi falar deste realizador porque todos os seus filmes englobam uma carga dramática, cruel, social e humana e real muito envolvente, relacionando-o assim, também, com o meu conceito. 
Iñarritu tem uma capacidade extrema de nos envolver, mesmo que seja pelo cruel, que é, na verdade, o real. A música, as imagens... o drama... Iñarritu consegue envolver-nos trabalhando todos estes níveis e mostrar-nos realidades alheias aos nossos próprios sentidos.

Pesquisa (retratos)

Um retrato é uma pintura, fotografia ou outra representação artística de uma pessoa (aqui será apenas tratada a fotografia).

Ana Vilar
António Cravo


                                                       António Cravo 



Carlos Mendes


 Carlos Mendes
 Cláudia Machado


Daniel Pedrogam


 Deyvis Malta



                                                            Fabiolla

                                                     
                                                       Fernando Alves


 Hélder Moreira

                                                          Jorge Garcia


 Jorge Garcia


Luís Lobo Henriques



Luís Lobo Henriques


Luna


Nelson Andrade Silvestre


Miguel Afonso


 Nelson Leong


Susana  

 Urbano Holanda



 "Viagem Revolución"

Pesquisa (raids)

Fotojornalismo

O fotojornalismo é um ramo da fotografia, bem como uma área do jornalismo. Escolhi falar deste tipo de fotografia porque é dos que mais gosto e porque se relaciona muito com o meu conceito, na medida em que se centra em retratar a realidade.
Estas fotografias têm, à partida, o objectivo de serem utilizadas nos meios de comunicação , como fonte de informação.
No entanto, pode não se tratar de uma simples fotografia para retratar um momento social ou político "importante". Falo dos géneros que, usualmente, recebem mais destaque e acabam por receber também grandes prémios; os que contemplam imagens chocantes- guerra, tragédias, cataclismos, tumultos, conflitos sociais, racismo. Imagens de uma realidade, normalmente alheia a nós, mas que é a única realidade para milhares de pessoas. E o fotógrafo esteve lá, presenciou, e transmitiu a mensagem à sua maneira. Presencia não só a imagem capturada como todos os sentimentos envolventes.
"A ficção audiovisual dá uma ideia do mundo que as pessoas interiorizam, mas são as fotos de imprensa aquelas que chocam e são a imagem daquelas que não têm direito à opinião e à imagem física e moral, próprias da sua condição humana." Manuel Correia - fotojornalista

Este tipo de trabalho favorece a visibilidade do que realmente acontece.

"O fotojornalista é um operador da fragmentaridade. É ele que escolhe "isto" e não "aquilo" no momento de registar na película (no suporte digital, mais ainda) aquela fracção de segundo de algo que aconteceu e merece ser notado — daí, ser notícia. Esta é a razão perceptiva que o legitima como jornalista." Manuel Correia- fotojornalista

Exemplos:

Fotografia feita pelo fotojornalista Kevin Carter. Ganhou o prêmio Pulitzer da época.


José Alves

                                                       Alex C.Ribeiro


                                                    Francesco Piarulli


                                                     Ivaldo Cavalcante 


                                                          José Alves


                                                          José Alves


                                                          Luís Rana


                                                           Luís Rana

 Naldo Miranda


 Nuno Lobito


                                                     Luiz Vasconcelos


Para quem admira o trabalho dos fotojornalistas, é interessante seguir este link, onde podemos encontrar fotografias extremamente chocantes, mas também algumas de pequenos belos momentos: www.worldpressphoto.org/?bandwidth=high>

O fotojornalista está lá. E tem o clique no momento certo.


Referenciais (para o conceito individual)

As três vertentes (portas) do meu conceito que decidi explorar foram o ódio, a violência e a superioridade. Fotografias retiradas do site www.olhares.pt


"O ser humano perdeu a razão.
Se afogou na sua própria
ambição"
Clarice Pacheco


"Seriously , why carry on with all the violence and the hate , and start a society based on those lines? Because if you think about , that's what revolution is, a society created from violence, competition and hate for other people (...) What we need to do on the other end is to evolve as one and radically bring about the transformation of the mind. Open your mind to new horizons other than religion and money. " Filipe S.



  •  Violência


"A força gerada pela não violência é infinitamente maior do que a força de todas as armas inventadas pela engenhosidade do homem." Mahatma Gandhi

"Vivemos num mundo onde temos que nos esconder para fazer amor, enquanto a violência é praticada à luz do dia."John Lennon


"A violência não é força, mas fraqueza, nem nunca poderá ser criadora de coisa alguma, apenas destruidora." Benedetto Croce

"A não-violência absoluta é a ausência absoluta de danos provocados a todo o ser vivo. A não-violência, na sua forma activa, é uma boa disposição para tudo o que vive. É o amor na sua perfeição." Mahatma Gandhi

"A violência faz-se passar sempre por uma contra-violência, quer dizer, por uma resposta à violência alheia." Jean-Paul Sartre
                                                      


                                                       Leko Machado



                                                            Ana Lima


                                                      Carlos Grevi
                                                      
                                                                 Cezar Magalhães

                                                                                        Incompreensão

                                                                      Claudio


                                                                     David P.

                                                               Davide Vilar

                                                  Somos o fruto do meio de que nos rodeamos


                                                                Fidalgo Pedrosa


                                                                João Bacellar
                                                                                 Resumo do autor:
           São Paulo, 2005, Adolescente sem moradia mostra marcas de agressão policial por ter dormido em praça publica. Usar o cacetete na palma das mãos é uma das muitas marcas registradas da policia paulistana.

                                                                      João Sargo


                                                                   Jose Saruga


                                                                 Marcos Silva

                                                                        "E...Porquê?"

                                                                  Miguel Mello

"Geração formatada"
                                                     
                                                                   Urbano Holanda

                                    

                                              



   "ela está à espreita, por todo o lado" 


  • Ódio
       "O ódio não tem face, é apenas o desespero."

        "O ódio. Consome-nos, corrói-nos os órgãos, alimenta-se de nós."


                                                     Emanuel Melo


                                                       José Ferreira


                                                      Júlio Quintela


                                                            Rafael


                                                                      Ruben Tiago


                                                                         Rui Gama


                                                                       Victor Jesus



  • Superioridade

       "A sensação de superioridade é uma ilusão."

                                                      Eduardo Nunes


                                   Frederico Albuquerque